Castanheiro
Castanea sativa
Árvore de grande porte que chega a atingir vinte metros de altura. Pensa-se que foi introduzida na Península Ibérica pelos Romanos. Na Gardunha, no reinado de D. Dinis, foi amplamente utilizada para a arborização da Serra. Aclimatatou-se bem, pela facilidade com que ocupa os nichos ecológicos do carvalho.pardo-das-beiras.
As folhas são alongadas, dentadas e caem no Inverno. Floresce nos meses de Maio e Junho e o fruto aparece no Outono, constituindo o ouriço da conhecida castanha. Devido à facilidade com que esta espécie ocupa o nicho ecológico do carvalho-pardo-das-Beiras, aclimatou-se bem, tendo sido amplamente utilizado em diversas actividades de interesse económico, como por exemplo na cestaria e na alimentação. A rama do castanheiro, principalmente as folhas, são as partes utilizáveis. Estas apresentam taninos, sacarose, matérias gordas e prótidos.
As folhas mais velhas têm propriedades adstringentes, pelo que, a sua utilização é recomendada em casos de diarreia e com anti-inflamatório.
As sementes (castanhas) foram, no passado (antes da utilização da batata), utilizadas como fonte de subsistência, para as populações rurais. Hoje, ainda se mantém a tradição de a utilizar nos magustos, tão caraterísticos do Dia de todos os Santos. Sendo um produto rico em açúcares a utilização por pessoas diabéticas deve ser moderada.
As populações da região, nomeadamente Alcongosta, utilizaram as varas do castanheiros para a cestaria, uma arte tradicional, que ainda hoje está ligada aquela aldeia do Concelho do Fundão.
Formas de aplicação:
Decocção: Colocam-se as folhas em água, levando-a à ebulição durante quinze minutos. Podem tomar-se até quatro chávenas, por dia.
Cozimento: Utiliza-se a casca da árvore em água a ferver. O líquido resultante é indicado para diarreias e enterites.