Cerejeira

Planta arbórea com caule acinzentado, quando jovem, tornando-se rugoso e estalado quando mais velho. O fruto é uma drupa de cor vermelha, carnuda e doce. A cerejeira terá tido origem em espécimes espontâneos, bem aclimatados às condições ambientais, que posteriormente deram origem a uma cultura de sucesso. Actualmente a encosta norte da Gardunha encontra-se fortemente povoada por cerejais, muitos deles de cultura intensiva. As partes utilizáveis são os frutos e os pedúnculos dos frutos (pés de cereja), que se secam com calor moderado. Podem ainda utilizar-se as flores.

Os frutos comidos frescos,  podem ter um poder laxante, em função da quantidade ingerida.

Os pés de cereja, são ricos em sais minerais, potássio e flavonóides, o que lhes confere propriefades diuréticas. Devido a este efeito é, por vezes, indicado para tratamentos de emagrecimento. A acção analgésico, deve-se aos derivados salicílicos presentes.

Formas de aplicação: 

Infusão de flores - colocam-se as flores em água fervente. Este líquido tem efeito calmante.

Cozimento de pedúnculos (pés de cereja) - Cozem-se os pés de cereja em água durante algum tempo. A água da cozedura é utilizada para problemas de bexiga i infeções renais.

Cozimento da casca dos ramos - A casca de ramas fresca é colocada a cozer. A água assim obtida tem propriedades adstringentes e febrífugas. 

A resina segregada pelo corte do caule, pode ser diluída em vinagre e utilizada para erupções cutâneas.  

A resina era também utilizada no passado para fazer cola.

Não se recomenda a utilização das sementes para tratamentos, pois devido ao ácido cianídrico que contêm parecem ser tóxicas. 

No entanto, hoje em dia são bastante utilizadas para enchimento de pequenas almofadas, que aquecidas no micro-ondas, concentram o calor, libertando-o depois lentamente. Estas podem então ser utilizadas para tratamentos musculares e de relaxamento.