Dedaleira

Planta bienal que aparece nos sítios húmidos e sombrios. Floresce apenas no segundo ano de vida, na altura da Primavera. Na extremidade do caule aparecem as flores, que têm uma forma característica de dedal, dando o nome à planta. As folhas encontram-se ao longo do caule. Os frutos, em forma de cápsula, têm no seu interior muitas sementes finas. São utilizadas as folhas, que devem ser secas de forma rápida e a cerca de 50ºC, no máximo. As folhas caulinares são mais ricas do que as basilares. Esta planta apresenta uma substância, a digitalina, cujas propriedades têm uma forte acção sobre o coração humano, aumentando a contracção do músculo cardíaco, o que altera fortemente o ritmo cardíaco. Por esta razão, utiliza-se em situações de insuficiência cardíaca e em arritmias, devendo apenas ser tomada com moderação. Devido aos flavonóides e saponinas, que também contém, a dedaleira tem igualmente uma acção diurética. Deve ser recolhida à tarde, em pleno período fotossintético, fase em que os heterósidos estão activos.

Planta muito tóxica, podendo ter um efeito mais ou menos acentuado, em função do local de cultura, época de colheita, forma de secagem, etc. Utilizam-se actualmente derivados semi-sintéticos, provenientes da planta, mas submetidos a tratamentos com o objectivo de homogeneizar o seu efeito.