Gilbardeira
Ruscus aculeatus
Sub-arbusto perene que pode
atingir até um metro e meio de altura. Pode encontrar-se em bosques e matos. As
folhas são pequenas. Existem exemplares masculinos e femininos. Floresce na Primavera
e o fruto aparece no Outono e no Inverno. É uma planta frequente no sub-coberto
dos carvalhais, principalmente em terrenos secos. Aparece no sopé e a meia encosta,
na Serra da Gardunha. Os rizomas, as raízes e as folhas são as partes
utilizáveis. Recolhem-se e deixam-se secar à sombra ou em estufas. As raízes e
os rizomas contêm saponinas (responsáveis pelo efeito venotónico e
anti-inflamatório), sais de potássio, flavonóides (implicados na acção
diurética e anti-edematosa), resinas e um óleo essencial. O efeito venotónico é
bastante acentuado, pelo que a planta é muito recomendada para os problemas
relacionados com a circulação sanguínea (varizes, edemas e flebites). Pode causar perturbações gástricas devido às
saponinas.
Formas de aplicação:
Infusão - Colocam-se as folhas em água a ferver, filtra-se e toma-se como febrífugo.
Cozimento de raiz - Coze-se a raiz em água durante cinco minutos, deixando ficar as raízes mergulhadas na infusão durante mais quinze minutos. Bebem-se 2 chávenas por dia, para obter o efeito venotónico.